Dirigente do São Paulo explica como o clube pode minimizar o déficit registrado
O São Paulo apresentou o resultado do balanço financeiro de 2024 ao Conselho Deliberativo, e as notícias não foram as melhores. O clube registrou um déficit de R$ 287 milhões, mesmo tendo arrecadado R$ 731 milhões na temporada. Em entrevista ao Globo Esporte, o superintendente geral do Tricolor, Márcio Carlomagno, falou sobre a situação.
“Quando o Júlio (Casares) assume para este triênio, ele adota um novo engajamento para os próximos três anos. Quando assume no primeiro triênio, a nossa busca era terminar com a fila dos títulos, recuperar a imagem de vencedor e fazer investimentos. Todo mundo esquece, mas ele assume num momento de muita restrição da pandemia. No nosso primeiro título, a torcida estava fora e o estádio estava vazio. Fazemos a final com patrocínio pontual”, iniciou.
Diante disso, o São Paulo iniciou um processo de reconstrução financeira, criando o Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que busca arrecadar R$ 240 milhões para quitar as dívidas bancárias, que atrapalham o fluxo de caixa do clube.
“Então, há um investimento dentro das nossas condições para que o São Paulo voltasse a brilhar. Isso acaba gerando bons frutos, que é o caso do crescimento da nossa receita, mas também causou o crescimento das nossas despesas. O São Paulo estava a todo momento tomando dinheiro no mercado sempre com mais taxas. Com a criação do fundo, estabilizamos esse crescimento. Para os bancos fazerem negócio de forma híbrida com o fundo, têm de apresentar uma taxa melhor”, prosseguiu.
Márcio fala sobre o futuro do clube
Na visão de Márcio, um dos fatores para o déficit foi a meta de venda de jogadores. Considerados dois dos maiores ativos do clube, Pablo Maia e Rodrigo Nestor acabaram se lesionando e perdendo boa parte da temporada. Mesmo assim, ele acredita em uma melhora gradual na saúde financeira do clube.
“Esse ano estamos trabalhando para ser positivo A solução está mais na reestruturação de educação financeira, de entender o São Paulo como uma empresa que precisa dar superávit, ser lucrativa. E acho que o grande passo esse ano é estagnarmos como está o clube. Deixarmos o clube com o endividamento estabilizado, receitas para o futuro, projeções de fluxo de caixa para o futuro, também”, concluiu.