O São Paulo venceu o Náutico por 2 a 1 na última terça-feira (21), no Estádio dos Aflitos, em Recife, e avançou às oitavas de final da Copa do Brasil. Autor da assistência para gol de Luciano, o meia Oscar foi um dos melhores jogadores em campo.
O jogador surpreendeu a torcida ao ser escalado como um segundo volante, fazendo dupla com Alisson. A opção do técnico Luis Zubeldía causou estranhamento na torcida e também aos jornalistas. Na visão de Arnaldo Ribeiro, Oscar conseguiu se destacar em sua nova função, muito por sua capacidade defensiva.
“As duas partidas em que o Oscar começou jogando de volante me impressionaram bastante. Ele não jogou contra o Náutico apenas. Ele jogou também contra o Palmeiras, no jogo do pênalti do Vitor Roque”, iniciou.
Predominantemente um meia-atacante, Oscar se adaptou bem a função sob o comando de Zubeldía. O jogador volta mais vezes para buscar a bola no campo defensivo e armar o jogo, tirando um pouco da responsabilidade de Alisson.
“Quando saiu a escalação contra o Palmeiras, acharam que o São Paulo ficaria vulnerável e que o Oscar não aguentaria o tranco, mas o time não se desestruturou, pelo contrário, teve posse. Ele tem uma leitura de marcação interessante desenvolvida na Europa. […] Talvez a gente esteja imaginando o Oscar em uma coisa que ele não pode mais entregar”, prosseguiu.
Poder de marcação surpreendeu
Para muitos, Oscar voltaria ao Brasil para ser apenas um construtor no setor ofensivo. Na visão de Renan Teixeira, o poder de marcação defensiva do meia o surpreendeu nas últimas partidas.
“O que surpreendeu positivamente […] é a agressividade que ele tem na marcação. Você espera um jogador que vai fechar linha de passe, quebrar linha de passe, mas ele é mais agressivo., porrada mesmo. E isso não aconteceu por acaso. […] O detalhe é que quando você tem um jogador tão bom, com visão de jogo e qualidade de passe […], tendo tanta opção de volante, é um desperdício ter ele ali atrás”, concluiu.