Julio Casares fala sobre dívidas e planejamento financeiro nos próximos anos

O São Paulo divulgou o balanço financeiro de 2024 e registrou um déficit de R$ 287,6 milhões, e como consequência, a dívida total aumentou em R$ 301,5 milhões, alcançando R$ 968,2 milhões. Em entrevista à TNT Sports, o presidente Julio Casares falou sobre a situação.

“Nós explicamos no Conselho de administração, no Conselho Deliberativo e no Conselho Fiscal. Nas três, foi aprovado. Eu sou dirigente, me preocupo. Nós chegamos aqui em 2021 na pandemia, com o torcedor desconectado do São Paulo. Eu dizia aos companheiros que o primeiro mandato seria trazer o torcedor de volta e foi o que aconteceu”, iniciou o mandatário.

O mandatário justificou dizendo que, apesar da situação econômica, o Tricolor brigou por títulos durante todos esses anos sob o comando de sua gestão. Além disso, explicou que o mercado inflacionou neste periodo.

“Ganhamos o título em 21, em 22 tivemos duas finais, em 23 a Copa do Brasil e em 24 a Supercopa. Enfrentando um mercado que mudou, que inflacionou, mas sabendo que nós poderíamos ter um pouco dessa evolução, que a dívida é aumentada não só por uma maior despesa oriunda de uma maior estrutura de investimento, que eu já vou explicar, mas também de uma nova postura no mercado, que foi inflacionada”, prosseguiu.

Soluções à vista

Apesar dos números preocupantes, Julio Casares detalhou que o clube tem um plano para conter a dívida. Segundo o mandatário, o Tricolor tem mais de R$ 2 bilhões a serem recebidos de contratos até 2030, ano do centenário do São Paulo.

“O acompanhamento rígido do orçamento, isso já está acontecendo. O primeiro trimestre já nos deu um horizonte muito bom de resultado, já de 25. Nós estamos trabalhando, não preciso falar, olhando o São Paulo para o futuro. Nós já temos, até 2030, mais de 2 bilhões de reais em contratos recebíveis, prontos, no seu tempo. Isso vai alimentar a continuidade do fundo e uma tranquilidade para o meu sucessor. Mas depende da continuidade de fazer, mas com muita responsabilidade. E, ao mesmo tempo, ter essa dívida com viés de baixa. Então, esse 960 milhões, nós esperamos que venha reduzindo gradativamente até estar num plano aceitável”, concluiu.

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